• Uma entrevista sobre Verdades e Solos
  • Resenha de “Céu Subterrâneo” no Jornal da USP
  • A verdade lançada ao solo, de Paulo Rosenbaum. Rio de Janeiro: Editora Record, 2010. Por Regina Igel / University of Maryland, College Park
  • Resenha de “Céu Subterrâneo” por Reuven Faingold (Estadão)
  • Escritor de deserto – Céu Subterrâneo (Estadão)
  • A inconcebível Jerusalém (Estadão)
  • O midrash brasileiro “Céu subterrâneo”[1], o sefer de “A Verdade ao Solo” e o reino das diáforas de “A Pele que nos Divide”.(Blog Estadão)

Paulo Rosenbaum

~ Escritor e Médico-Writer and physician

Paulo Rosenbaum

Arquivos da Tag: Censura

Interditada (blog Estadão)

15 sábado nov 2014

Posted by Paulo Rosenbaum in Artigos, Imprensa

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Censura, controle da mídia, Controle dos jornais, poesia

 

Interditada

Paulo Rosenbaum

14 novembro 2014 | 12:49

vozvozXX

    Tua voz,

não será auditada

Tua voz,

sem vez

Tua voz,

sem voto,

Tua voz,

 ouvida adiante

Tua voz,

junto ao ruído do cometa,

Tua voz,

não mais te pertence

Tua voz,

que era a nossa

Tua voz,

tão calada

Tua voz,

que pedia liberdade,

acaba de ser interditada.

Tags: censura, controle da mídia, Controle dos jornais, poesia

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Odisseia da democracia (blog Estadão)

27 segunda-feira out 2014

Posted by Paulo Rosenbaum in Artigos, Na Mídia

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Censura, Censura à revista Veja, censura velada, eleições 2014, Estado e Partido, Nixon, odisseia da democracia, Pinochet, SAC da democracia, Stalin, teorias conspiratórias, Washington Post, Watergate

Odisseia da democracia

Paulo Rosenbaum

26 outubro 2014 | 13:25

Odisseia da democracia

Não se trata mais de candidatos, partidos, ou grupos antagônicos brandindo slogans de guerra. O que está acontecendo supera tudo que já se viu. Perdemos a leveza, e com razão. Quem aguenta rir com Stalin ou Pinochet e outras tentações autoritárias à porta? As teorias conspiratórias transpiraram para a realidade. Mas não é só isso, o que realmente choca é a falta de alguém, maduro, unificador, pacificador, que responda pelo estranho estado das coisas. Que venha de qualquer lado. Notem que não há mais ninguém respeitado. Alguém já ouviu falar em conflito de interesses? Na ciência, assim como na vida política, não é detalhe, trata-se de item fundamental. Um apetrecho básico para que não reste dúvida de que o processo transcorrerá limpo, equânime, e de forma juridicamente incontestável. Me pergunto se isso ocorre? A carência é por uma espécie de Estadista transpartidário e supra governamental. Um moderador nato. Alguma força democrática que colocasse os pingos nos is. Dizem que os momentos pré revolucionários são assim mesmo. Um período de anarquia vigiada, o qual precede o caos absoluto. Qual o vigor de nossas instituições? Como assim? Uma revista é duvidosamente sequestrada das bancas porque trouxe determinados elementos fundamentais para que o eleitor teça suas próprias considerações sobre o caráter ético-moral de quem o governa, e não se fala mais nisso? Que o lado ofendido produza suas contra evidencias. Mas sequestrar a revista ou comprar a tiragem toda é uma inquietante medida autoritária.  Desde o escândalo Watergate, que culminou com o impeachment de Richard Nixon, foi o heroísmo de alguns — que souberam superar pressão, intimidação e ameaças – que triunfou para mostrar crimes políticos (e comuns) à opinião pública. E O Poder do Estado não esteve a serviço da campanha? Quem regula de fato está sendo imparcial? Oscilo se sou só eu que tenho tantas dúvidas ou se todos as tem, mas, como na famosa síndrome, sinto que muitos desenvolveram uma espécie de amor subliminar pelo algoz,  medo de ofender o opressor, culminando com uma reverencia patológica pelos hegemônico.

Confesso, minha estranheza decorre da observação de que parece que não há mais ninguém achando tudo isso bizarro para o que acreditávamos ser uma democracia. Digo estranho para contornar a incomoda palavra “suspeito”. É inquietante ver que quem administra o País mergulhe junto na convicção das paixões. Enquanto isso, numa festa ou estádio de futebol, no ônibus ou nos bares, nas casas e no campo, e até nas filas de votação as pessoas aparentam levar uma vida normal, como se nenhuma exceção estivesse ocorrendo. Como se não houvesse uma tensão iminente, como se não estivéssemos num preâmbulo ameaçador para além dos resultados finais. Para além das agudizações trazidas pelo Petróleo, subsiste um problema crônico, que foi convenientemente esquecido ou abandonado. A óbvia nuvem totalitária de quem se proclama esquerda mas apresenta uma carta em branco com um populismo arrivista e sem um projeto emancipador para quem gostaria de trocar bolsa por renda. Uma esquerda que bem poderia ser chamada de direita, dada as afinidades fisiológicas, os desmandos e a completa falta de respeito com o contraditório.

E quem manda o eleitor querer ser sempre impertinente: querer saber antes o programa que vai eleger, insistir com a casta política que quer conhecer qual a palavra clara do governo. Imaginem só que o sufragista ousa ter a petulância, a curiosidade de querer conhecer as agendas ocultas e dossiês de interesse público. Por que permanecem arquivados como se não se tratasse de nada ligado ao serviço secreto. Ou se trata? Tudo que acontece nestes dias que antecedem o que deveria ser uma festa democrática impede que se comemore a calma fictícia que reina no planalto de estoicismos.  E nem me refiro aqui aos e-mails ameaçadores que eu e outros jornalistas periodicamente recebemos. Me refiro às garantias constitucionais. Onde estarão, neste exato momento? Já as procurei em jornais e partidos, nas seções eleitorais e em amigos advogados, em juristas de plantão e em redes sociais. Ninguém sabe, ninguém viu. Até que atinja algum novo apogeu, a Odisseia da democracia pode demorar a se firmar como cultura. Mas, ás vezes, demora tanto e seus trâmites são tão burocráticos que ela, já cansada de tanto assédio e testemunhando a perversão de alguns de seus princípios fundantes, resolve dizer aos seus usuários: façam bom proveito, mas o serviço de assistência ao cliente acabou de  encerrar suas atividades.

Para comentar usar o link

http://blogs.estadao.com.br/conto-de-noticia/odisseia-da-democracia/

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Novo post Blog “Conto de Notícia” do Estadão : Censura sem fim

23 quinta-feira maio 2013

Posted by Paulo Rosenbaum in Artigos

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Censura, censura velada, justiça, liberdade, ruy mesquita

Censura sem fim

Censura_sem_fim_II

Para Ruy Mesquita

– O jornal está censurado?

– O termo é um pouco forte. Está sob monitoramento conteudístico.

– Ah! E o que vêm a ser isso?

– Verificaremos todos os dias se o Sr. não está mencionando o nome da pessoa que não deve ser mencionado. Nem fazer referências alusivas, veladas, simbólicas, metafóricas ou alegóricas a eles. Leremos de cabo a rabo buscando menções indiretas que possam identifica-los.

– Censura!

– Depende como o Sr. quer chamar. Censura era na ditadura. Chame de outro nome.

– Verrinário, exprobrador, inconcepto, todos eles se quiser.

– Vocês colocavam a receita de bolo e os Cantos dos Lusíadas. Era engenhoso e todo mundo sabia que a tesoura passou ali. Eu ainda era criança, mas meu pai me dizia o que era.

– E o Sr. não aprendeu nada com aquilo?

– Não é nada pessoal, sou só um funcionário. Faço o que é minha função.

– Censor! Você é um censor!

– O Sr. insiste nas palavras duras. Para que isso? É só uma proibição zinha.

– Uma ova, isso é censura e quem manda nessa porra sou eu!

– Gozamos de liberdade ampla geral e irrestrita.

– Só se for na tua casa.

– Calma Dr., eu só vim trazer o ofício.

– E lacrar a redação se ousarmos fazer menção aqueles dois. Tenho faro filho, começa assim mas isso vai longe.

– Pois é o que a lei determinou! Como disse não mando em nada, sou um cumpridor de ordens.

Ver o blog e continuar lendo

http://blogs.estadao.com.br/conto-de-noticia/2013/

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Liberdade para que?

24 quinta-feira jan 2013

Posted by Paulo Rosenbaum in Artigos

≈ 1 comentário

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abolição da autocensura nas redes sociais, aspirações impossíveis, Censura, censura velada, centralismo partidário, centralização de informação, centralização de poder, centros de pesquisas e pesquisadores independentes, controladores, Debate público, educação no século XXII, felicidade ao alcançe?, franquia, hegemonia e monopólio do poder, imprensa livre, intelectuais independentes, intlectuais alinhados com o poder, jogo democrático, José Arthur Gianotti, liberdade para que?, manipulação, mensalão, moral e bons costumes, opor, política, significado de justiça

Liberdade para que?  

 

Ninguém negará que a mídia precisa ser mais democrática – e democratizada – para incluir os sem voz e as grandes parcelas da população ainda marginalizadas, mas o projeto em orquestração na mesa dos controladores nada têm a ver com este escopo. Sob o argumento de que as redes de comunicação operam através dos oligopólios a proposta é substitui-la por monopólio de Estado.

 

Os milionários esquemas de subsidio estatal para a mídia favorável (nas três esferas) e os torniquetes possíveis aplicados às outras é só a parte visível do jogo. O controle da imprensa significa, na prática, coibir o debate público –  já de má qualidade – uma vez que só a liberdade de expressão permite que os cidadãos  possam se posicionar para investigar, cobrar e, quando for o caso, se opor ao Estado.

 

Missão longe do alcance de uma imprensa submissa. Como o objetivo final é a liberdade controlada, a finalidade última da regulamentação é dirigir o país contando com informações filtradas.

 

Neste sentido, estamos muito próximos de uma censura velada!        

  

O primeiro interessado em deter a informação é o próprio poder. A hegemonia passa pela centralização. Mas há um produto muito além do poder em jogo quando se trata de concentrar informações. A liberdade só pode ser exercida com a aquisição do conhecimento que passa pelo exercício da crítica. Sem ela a liberdade é uma franquia das cúpulas, dos consensos de gabinete, um slogan abstrato.

 

Uma equipe eleita decide o que pode e o que não pode? Mas eles não foram eleitos para isso, ou foram? Isso é que não está nada claro no jogo democrático atual. As regras. Depois que se ganha a eleição tudo pode virar qualquer coisa. Para isso deveria valer os direitos constitucionais

 

Não se enganem, há uma dosimetria oculta que rege nossa liberdade.. Para ser conciso: o projeto de regulamentação da imprensa, é, na verdade, uma ameaça direta à democracia. É urgente organizar a sociedade para que o cerceamento à livre expressão não encontre guarita no argumento de “controle social”.

 

Como nos faremos ouvir? Como ler jornais quando tudo estiver sob o filtro impermeável do Estado? Podemos usar o spam, a panfletagem, instrumentalizar melhor a ilusão revolucionária das redes sociais. No mundo eletrônico ocidental ainda inexiste censura e não é difícil perceber que a autocensura encontra-se completamente abolida.  

 

E quem dará aval para os projetos de controle estatal da mídia? O pessoal da moral e dos bons costumes? Assim eles poderiam eleger os livros, peças, filmes e biquínis que vamos ver.  Os executivos dos partidos políticos (base aliada ou não). A explicação é simples: estão mordidos com a última pesquisa sobre a decadência dos partidos. E tudo que contraria políticos é gerado na imprensa livre. 

 

E quanto aos intelectuais e a estrutura universitária? Estão divididos entre os que são pela lealdade ideológica ao governo e os independentes. Estes últimos são uma categoria em decadência porque ninguém quer subsidiar gente isolada muito menos premiar a autonomia. A emergência dos conservadores é uma resposta, equivocada, a uma esquerda que vêm sofrendo isquemias no núcleo duro. Os conservadores também não funcionam porque suas perspectivas são basicamente alimentadas de nostalgia. Sonham com uma ordem e um status quo que nunca existiu no cenário politico. Nas TVs ou nos jornais notem que sempre começam com expressões de saudosismo e terminam suspirando pela volta das leis marciais.

 

Quanto à estrutura universitária vale lembrar da antiga tese do filósofo José Arthur Gianotti de que a Universidade é subsidiada para não funcionar. “Funcionar” no sentido de produzir a mentalidade critica e autocritica que tanto nos faz falta. Claro que existem nichos que funcionam. Na base do voluntarismo e de ações sociais importantes, grandes camadas de pessoas foram resgatadas da marginalização nas últimas administrações. Não é o suficiente. A educação e o investimento maciço em ensino não ousaram para além das formalidades como a de “colocar mais gente no ensino superior”. Salários dos professores e estímulo à pesquisa ainda são ridículos para o nosso PIB. O processo pedagógico parou no século XIX enquanto precisávamos de inspirações do XXII. Há uma fadiga generalizada no jeito de fazer e lidar com as coisas públicas.   

 

Tudo isso seria pior sem liberdade. Sem ela, como falaríamos de tudo isso?

 

Aproveite para chiar agora, pode não haver segunda chance.

 

Paulo Rosenbaum é médico e escritor. É autor de “A Verdade Lançada ao Solo”(Ed. Record)

 

Paulorosenbaum.wordpress.com

 

 

http://www.jb.com.br/coisas-da-politica/noticias/2013/01/24/liberdade-para-que/

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Organismo, ‘inneresfera’ e sistemas políticos

03 sexta-feira fev 2012

Posted by Paulo Rosenbaum in Artigos

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autoregulação, Censura, epidemiologia e risco, innersfera, mundo interior, resfriados e imunidade, vazão aos excessos sensoriais

Organismo, ‘inneresfera’ e sistemas políticos

Jornal do Brasil Paulo Rosenbaum

Deve haver paralelos entre o funcionamento do organismo e a organização política da sociedade. A epidemiologia formula a questão da seguinte forma: para calcular o risco propõe uma balança imaginária – de um lado, fatores que expõem, aumentando a vulnerabilidade das pessoas; do outro, aqueles que podem protegê-las. Na média, nosso sistema psíquico é relativamente estável, e nosso organismo imunocompetente. Quando há homeostasia, vivemos “no silencio dos órgãos”; quando a autorregulação falha, adoecemos. Graças a isso, para a maioria, a saúde prevalece sobre as doenças.
Nem tudo é tão linear ou mecânico, nem em medicina nem em coisa nenhuma. Pode parecer absurdo, mas precisamos de um pouco de instabilidade e patologia para viver. Como nada é perfeito, na nossa política doses extras estão garantidas. Parece sina da nossa pobre América de baixo: permanecer presa fácil do populismo paternalista, cafona e anacrônico.

Conforme rumores, o próximo tema que deve aportar por aqui é a liberdade de imprensa e a tentação autoritária de calar o debate encapuzando a mídia. E podem contar, ela está chegando. Toda vez que se manipula o discurso com “debater a mídia” e “controle social dos meios de comunicação” deveríamos nos arrepiar. Em geral é o código usado para preparar o golpe: a censura está de novo se organizando no Brasil. E censores têm idiossincrasias – pouco importa se o corte for à esquerda ou à direita. A mais comum é a indigestão crônica diante das sociedades abertas. Eles sempre foram assim, chegam de fininho, vão com tesouras e borrachas lá para trás, e cortam. Cortam e apagam os textos, as imagens, as verbas. Ninguém percebe. Trabalho profissional. A marcha retrógrada começa a se esboçar com consentimentos velados para “tirar do ar”, “acabar com o abuso” e “monitorar”. Céus, acabamos de escapar das botas da ditadura. Aliás, que vergonha o retorno que temos diante dos impostos cobrados! Ao contrário do que pensam os comissários lá de Brasília, liberdade não é valor pequeno-burguês, mas premissa vital do sujeito e organização das sociedades. Tudo o que não precisamos é de mais mordaças. Quem decide o que fica no ar ou não somos nós mesmos. Para renegar a humilhação e a aberração é preciso, antes, reconhecê-la em nós. Senão, continuaremos vidrados no grotesco, viciados em baixaria e submissos ao atraso.

Basta de histeria anarcossindicalista dos que não querem capitalismo, mas nada oferecem no lugar a não ser resmungar: dos Bancos, do sistema, da vida. Mudaram os temas prevalentes na percepção da opinião pública. O foco urgente está na segurança e no meio ambiente. Não foi à toa que Marina Silva foi a grande e única novidade na política nas últimas eleições. Infelizmente, a escalada ao muro a derrotou.

O tema do meio ambiente – reduzido ao estereótipo de salvar baleias e resgate de plantinhas – nos remete a uma ameaça sem precedentes. A degradação da biosfera/bioma pode comprometer nossa vida como espécie. Temos que passar a enxergar a Terra não mais como metáfora mas um organismo que precisa do oxigênio tanto quanto nós. Seria ingênuo não fosse prioridade absoluta para a sobrevivência.

Existe um ecossistema interno e um mundo interior não visível aospetscans e ressonâncias magnéticas, do qual também é preciso se ocupar. Chamei esse mundo de inneresfera. Nossos sistemas de excreção funcionam conforme a demanda. Apesar de esse espaço não ser de engenharia eletrônica, no caso do sistema neuropsicosensorial deveria haver proporcionalidade entre entrada (input) e vazão (output). Assim nosso sistema de excreção psíquica deveria funcionar tal qual operam os sistemas urinário, digestivo e as trocas gasosas nos pulmões e pele. Não parece haver muita consciência de que precisamos dessas eliminações, já que somos poluídos por imagens, sons, cheiros e tudo mais que a abundância da sociedade industrial nos oferta. Do outro lado, temos cada vez menos vida criativa e espaços para expressão. Abolimos os dias descompromissados. Laser e férias com iPads, iPhones e notebooks não contam: eles só aguçam o ciclo que nos viciou em produção, resultado e triunfo.

E que armadilha! Criou-se a ilusão de que a parafernália virtual substitui a realidade. Não estou certo se a lucidez excessiva faz bem à saúde. Provavelmente, não. Afinal, nosso espírito vive à custa de alegrias infundadas e do circo nonsense, do qual a própria realidade se encarrega. Precisamos dos pequenos lapsos, da distração contemplativa e, às vezes, até dos resfriados regeneradores.

Então, da próxima vez que alguém espirrar por perto, mude a entonação. Dos votos de melhora passe à confirmação: “Saúde”.

http://www.jb.com.br/coisas-da-politica/noticias/2012/02/02/organismo-inneresfera-e-sistemas-politicos/

Paulo Rosenbaum, médico e escritor, é autor de ‘A verdade lançada ao solo’ (Ed. Record). – paulorosenbaum.wordpress.com

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