• Uma entrevista sobre Verdades e Solos
  • Resenha de “Céu Subterrâneo” no Jornal da USP
  • A verdade lançada ao solo, de Paulo Rosenbaum. Rio de Janeiro: Editora Record, 2010. Por Regina Igel / University of Maryland, College Park
  • Resenha de “Céu Subterrâneo” por Reuven Faingold (Estadão)
  • Escritor de deserto – Céu Subterrâneo (Estadão)
  • A inconcebível Jerusalém (Estadão)
  • O midrash brasileiro “Céu subterrâneo”[1], o sefer de “A Verdade ao Solo” e o reino das diáforas de “A Pele que nos Divide”.(Blog Estadão)

Paulo Rosenbaum

~ Escritor e Médico

Paulo Rosenbaum

Arquivos da Tag: transcendência

O mundo não termina, o mundo nem começou.

27 quinta-feira dez 2012

Posted by Paulo Rosenbaum in Artigos

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A Verdade Lançada ao Solo, aspirações impossíveis, Bóson, democracia, editora record, educação e discriminação, fracassomania, Gea, hegemonia e monopólio do poder, Julgamento Mensalão, mais iguais que os outros, malandros otários, mensalão, Montaigne, orwell, passado e presente, poesia, presente mais que perfeito, prisões, raíz da patologia, submundo, término do mundo, transcendência, utopia

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Jornal do Brasil

Quinta-feira, 27 de Dezembro de 2012

Coisas da Política

Hoje às 06h30

O mundo não termina, o mundo nem começou

Jornal do BrasilPaulo Rosenbaum – médico e escritor

Se o fim do ano é um registro que separa o passado do futuro, onde andará o presente? Como responde uma criança ansiosa pelo futuro quando os pais lhe indagam por que ela não aproveita o presente em vez de desejar o amanhã? Em algum momento essa resposta já foi dada:

— É que o presente dura tão pouco!

Ela pode ter razão. O que está, já foi. O que virá nem veremos, ou teremos que imaginar e apostar. O passado apenas parece ser um registro mais fiel, sobretudo mais memorizável. Mas lembramos com seletividade, como nos avisam os biólogos. Temos filtros bem instalados. Somos leitores cheios de ismos, e alguém nos doutrinou na religião, na filosofia, na ideologia política. E o que vimos este ano? Um julgamento que, apesar das pernadas, da gritaria, das falsas analogias, mudou o rumo das coisas. Pela primeira vez na história do pais um embate nos trouxe para bem perto das entranhas do poder. Mais de 150 advogados, intermináveis sessões da Corte e a excessiva espetacularização. Era o palco completo. As penas e a punição importam bem menos do que o simbolismo. Vislumbrou-se ali que, mesmo à revelia, “os mais iguais que os outros” podem estar em pé de igualdade com qualquer um. Que os poderosos são passíveis de penalidades, que ninguém é invulnerável para sempre, que existe uma organização da sociedade civil, que as instituições funcionaram, que há muito por fazer para sairmos da barbárie em que se transformou o manejo da coisa pública. E o mais importante: há mais diversidade política do que sonham nossas filosofias.

Sim, as mesmas guerras. Sim, a velha rotina de massacres non sense. As mesmíssimas cidades sem segurança pública. Os impostos tirados e distribuídos na derrama. Gente que foi embora e gente que chegou. A mesma falta de estadistas, a mesma lenga-lenga dos malandros otários. O mundo é assim, mas, para nossa sorte, sua dinâmica está longe de ser decifrada. Essa é a parte nobre da ignorância sobre como funciona a espantosa Gea. A bola azul rodopia no espaço e não quer nem saber no que vai dar. E isso, senhores, notável exemplo para ser forçado a viver o aqui e agora. Só assim a imanência pode fazer parte da transcendência.

Mas a retrospectiva do período também mostrou que times que sofrem podem se regenerar, que as partículas podem ser aceleradas sem que o mundo rache, que a ciência poderá sair do beco obscuro descobrindo que o segredo de muitas curas está no próprio organismo e que há, felizmente, muito mais saúde que doença. Mas este período mostrou, antes de tudo, falta muito mais do imaginamos para o fim. O mundo não termina, o mundo nem começou.

Nem os esportes nem a atividade profissional nem a vida competitiva podem fazer sentido. E se invertêssemos tudo e valorizássemos mais o empate? Prezar o equilíbrio das forças, ao invés de aplaudir o vencedor e vaiar o derrotado? Nem pensar. Não é espantoso e não se pode culpar ninguém. Tudo isso vem de berço, a base de nossa cultuada educação ocidental. Pode parecer zen demais, mas, e se os governos tivessem a audácia de ser impessoais? De ter a cara de todos e não só a de quem recebe mais votos? E se os políticos formassem coalizações onde todos se fizessem representar e tivessem voz? E se a diversidade fosse não só radicalmente respeitada como tomada como modelo de convívio social? E se as prisões não fossem átrios do submundo, mas lugares para um apartamento social com finalidade reconstitutiva?

Se as escolas não discriminassem, a educação poderia ser esperança no presente e não no futuro do pretérito. Querer vencer, ser o melhor, o primeiro, o mais acessado, o mais bem sucedido e o mais votado não é salvação, é a raiz da patologia. Não, senhor, ninguém precisa se converter à fracassomania, apenas entender que, exauridos, estamos cansados de repetir as mesmas manchetes por meses a fio. Deve haver algum lugar onde a utopia flua fácil e nós, todos nós, possamos ter dias melhores.

Esse lugar já existe, se chama presente mais que perfeito.

Paulo Rosenbaum é médico e escritor. É autor de “A Verdade Lançada ao Solo” (Ed. Record)

paulorosenbaum.wordpress

http://www.jb.com.br/coisas-da-politica/noticias/2012/12/27/o-mundo-nao-termina-o-mundo-mal-comecou/

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Imanência chamuscada com transcendência

09 domingo dez 2012

Posted by Paulo Rosenbaum in Artigos

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chanuka, fogo, imanencia, transcendência, vigor

Há um ano testemunhei imagens de luzes oscilantes no Kotel: vamos encarar as velas de chanuka como uma resistência não a um opositor, não a um mundo perverso, não aos tiranos da vez, não às irrestíveis forças que nos pressionam ao afastamento do si mesmo. Vamos encarar a festa das luzes como um ponto onde as perspectivas se confundem com as expectativas. Sem ingenuidade, com vigor, e, principalmente com a vida entregue ao fogo sagrado: a doce imagem da imanência chamuscada com transcendência. Flambem-se!

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República do bem-estar geral

09 domingo dez 2012

Posted by Paulo Rosenbaum in Artigos

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capitalismo virtual, ceticismo, felicidade ao alcançe?, felicidade e saúde, felicidade imotivada, felipe scolari, liberdade, mano menezes, política, retomada humanista, seleção brasileira, técnicos futebol, transcendência

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Jornal do Brasil
Sexta-feira, 7 de Dezembro de 2012

Coisas da Política

Hoje às 05h46 – Atualizada hoje às 05h49

República do bem-estar geral

Jornal do Brasil Paulo Rosenbaum – médico e escritor

Foi só uma demissão. Nem sei se alegaram justa causa ou foi uma daquelas desculpas do glossário esfarrapado, mas a demissão do técnico que vinha preparando a seleção de futebol diz muito da má pilotagem dos rumos do país. Não que se tenha grande admiração pelo trabalho do ex-técnico. E, sem duvida, numa enquete, nove entre dez prefeririam o pessoal que literalmente comia a bola nos idos dos anos 70.

Não me perguntem como deram um cartão de crédito ilimitado para Scolari depois de ele ter dado uma mãozinha para o Palmeiras experimentar a segunda divisão. Coerência existe. Suas frases, metáforas e destemperos se assemelham ao das novas castas imperiais que estamos criando.

Nota-se então que os homens da atual Republica estão atrelados aos resultados imediatíssimos. Há certa aversão generalizada ao planejamento, à consistência, ao trabalho de longo prazo. O novo perfil vem dos que prometem “vitória ou morte”. Isso em todas as áreas.

Ninguém sabe o montante de quanto se gastará na Copa e na Olimpíada, seguro que baterão records, e seria ótimo se sobrasse um saldo que ultrapassasse a efêmera noitada posterior à grande final. A sagração do país hóspede deve ir além da taça.

Os investimentos voltarão em forma de beneficio para todos nós? Ou, como manda a rotina, só a elite dos desportos, o big business e os felizardos que conseguirem pagar pelos ingressos sairão satisfeitos?

Você já deve ter acordado à noite com a sensação de que está tudo errado sem que nada de extraordinário tenha acontecido. Detecta-se um clima de insatisfação, um chamamento à impossibilidade, à frustração. Isso tem nome, é uma síndrome, e, na verdade, trata-se de uma epidemia que vai atravessar este século. Nem poderemos culpar as mazelas atuais por nosso arrastado e melancólico desconforto. É a sensação de que estamos criando uma civilização desprotegida, carente e sem perspectivas.

Circula, por ar e por terra, a sensação de que o Brasil desperdiça uma grande oportunidade de avançar para um país mais organizado e, essencialmente, um lugar onde as pessoas se sintam bem. Mas parece que não é isso que importa.

Em nossa cultura política, a promoção do bem-estar como verdadeiro — e único — patrimônio a ser oferecido, parece não contar muito. Se quem se dedica a legislar estivesse realmente interessado em como as pessoas se sentem, e em como gostariam de se sentir, teríamos outro cenário e, portanto, forçaríamos a existência de outra cultura política.

A ideia de que tudo depende deles, de que nada está ao nosso alcance, e que somos basicamente vítimas do sistema, mostra que fomos teledoutrinados. “Eles” é o sujeito oculto, os agentes da inércia, os apagadores da vontade e os promotores da abulia.

O método? Ah, sim, fazem isso sem aparecer. A arma é destilar medo. O pior dos pânicos é que aquele que não tem nome fixo, a fobia sem objetivação. Temos que pensar — isso é vital ao planejamento, que oscilamos entre o estado policial e a anarquia.

O que nos impede de ter a sociedade que desejamos? Decerto, contamos com alguns bilhões de concepções conflitantes, mas teremos algumas em comum? De que adianta a indignação que tem circulado dentro da fiação digital?

O esforço pede outra direção.

Enquanto o capitalismo virtual (inventado bem antes da internet) nos oprime, o que fazemos? Inertes, ficamos à espera da carta de execução. Num mundo regido pela grana, a mais dolorosa verdade: só há liberdade com dinheiro. Talvez. Mas não será possível outra? Outra forma de ser livre? Sem ter que se esconder para sobreviver ao abandono da segurança pública e de um processo educacional vergonhoso, dobradinha que inviabiliza a cidadania? É possível aspirar à liberdade sem termos que viver como eremitas nos confins da Floresta Amazônica ou trancados nos apartamentos, isolados e dopados para esquecer onde estamos? A solução para este desencontro entre desejo e realidade estaria na retomada humanista? Mas qual delas? Espiritualista, filosófica ou cética? Nenhuma das anteriores?

Urge recuperar o poder de decidir, sem ter que engolir novos entulhos autoritários — todos bem aqui, diante de nós.

Chega de “porquês”, de desperdícios criativos, de tanto papel e espaço cibernético. Queremos sentido! A fome do mundo é por sentido. A próxima passeata deveria ocupar as cidades cobrando isso. De quem? Cada sujeito que apresente a fatura para si mesmo. Eis uma era onde só a busca por sentido parece fazer sentido. Mas pode ser mais menos, bem menos. Que tal a adesão à novíssima doutrina: “bom humor inconsequente?”

De vez em quando, felicidade imotivada, gozar de si mesmo ou um golzinho alienante pegam leve!

Paulo Rosenbaum é médico e escritor. É autor de “A Verdade Lançada ao Solo”(Ed. Record)

http://www.jb.com.br/coisas-da-politica/noticias/2012/12/07/republica-do-bem-estar-geral/

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Comentários: “Romance “A Verdade Lançada ao solo” aborda transcendência, política e religião”

15 terça-feira maio 2012

Posted by Paulo Rosenbaum in Artigos

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justiça, política, religião, transcendência

http://www.verdestrigos.org/wordpress/?p=3044

Romance de Paulo Rosenbaum aborda transcendência, política e religião

O romance “A verdade lançada ao solo” (editora Record) marca a estreia do médico Paulo Rosenbaum na ficção. Ele parte da tradição judaica para questionar o lugar do homem na Terra, aplicando judaísmo e filosofia a fatos históricos. O autor oferece uma visão construtiva em uma época em que se decretou a morte de todas as crenças. Elos inusitados e potentes metáforas desequilibram o leitor em um enredo denso, que mistura drama, aventura, religião e política. (Jornal Alef)

“Romance de Paulo Rosenbaum aborda transcendência,política e religião

Em prosa cheia de imagens originais o escritor lança seu primeiro romance, que aplica judaísmo e filosofia a fatos históricos

Quem criou o criador? Assim, instigando o leitor, começa o livro “A verdade lançada ao solo“, de Paulo Rosenbaum. O livro marca a estreia do médico na ficção, um romance de cunho ensaístico conduzido em três tempos, que parte da tradição judaica para questionar o lugar do homem na Terra.

Em 1856, na aldeia judaica de Tisla, no interior da Polônia, Zult Talb é um rabino com dons proféticos. Ele é o ponto de partida de um itinerário que divaga pelo tempo e corre o mundo: Brasil, Alpes suíços, cidades mediterrâneas e Europa oriental.

Com perspicácia e elegância, Rosenbaum oferece ao leitor uma visão construtiva em uma época em que se decretou a morte de todas as crenças. Elos inusitados e potentes metáforas desequilibram o leitor num enredo denso, que mistura drama, aventura, religião e política” (Blog do livro)

** Paulo Rosenbaum é médico, doutor em ciências pela USP, poeta e escritor. Roteirista e produtor de documentários, atuou como editor de revistas científicas no campo da saúde. Também é pesquisador na área de clínica médica, semiologia clínica, relação médico-paciente, prevenção e promoção da saúde e pesquisa de medicamentos. Com mais de dez livros publicados nas áreas de medicina e poesia, “A verdade lançada ao solo” é seu primeiro romance.

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Devekut, verdade da verdade, ou o aprendizado com Deus

20 domingo fev 2011

Posted by Paulo Rosenbaum in Artigos

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a linguagem com que a alma alcança o Criador, adesão espiritual, beatitude, Bliss, devekut, exercícios espirituais, falar com Deus sem intermediários, proximidade a Deus, transcendência

Um dos maiores mistérios de “A Verdade Lançada ao Solo” é o manuscrito deixado por Zult Talb. Nele, o rabino filósofo escreve sobre suas experiências com a devekut (adesão, apego, proximidade a Deus). Ele fala, não somente do ponto de vista teórico ou filosófico, fala do que experimentou.

Como ele aprendeu a técnica? Através de alguém que já vivenciou a experiência. Portanto a devekut é infecciosa, transmissível. 

Para Zult a “adesão”não é fruto de catarse, não é o resultado de meditação, ou bônus espiritual que se alcança com mantras ou com a erudição biblica. A devekut é um professor com alta proficiência pois ensina a partir de uma fonte quase inaccessível. Aparentemente. O mais incrível é que ela jamais promete para quem a experimenta.

Zult quer deixar esse testamento aos homens de nossa época porque intuiu o que virá. Sabe o que nascerá. Parece que o mundo migrará para um esvaziamento da vida subjetiva, das aspirações do espírito, do caminho do cultivo de um retorno a uma perspectiva em que alma possa ocupar um lugar central.

O fanatismo religioso e a religiosidade canônica não podem cumprir este papel porque a forma e a ideologia parece ter superado, com folga, qualquer conteúdo.  Neste sentido, Deus não parece ser uma força presente. E a distância foi criada e alimentada pelos próprios homens.

Por isso a devekut é o sonho regenerador, ainda que dessa utopia só se possa sentir na carne.

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Entrevista sobre o Livro

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