Notável o silencio.
O silencio que se torna vivo quando se vira aos interesses de quem nada emite.
Por que então falar sobre um tema e não de outro? Como escolhemos sobre o que vamos escrever ou dizer?
Para além dos dilemas das escolhas e eleições do que será expresso está a vontade de dizer. De dizer para alguém. E, de preferencia que ouça e comente e tenha o raro, extinto, dom da reciprocidade.
Mas, temos que nos acostumar.
Não é para isso que nos adaptamos? Essa palavra mágica que pode nada significar. Pois na era de abundância, do excesso de estímulos talvez tenhamos mesmo que escolher reduzir todas as comunicações aquelas que são mais lucrativas, de interesse ou simplesmente cômicas.
Temos que encarar noites como dias e os dias reserva-los para os silencios involuntários.
Façam alguma coisa!
Carissimo Dr. Paulo, silenciosamente, aqui venho, aqui paro, aqui medito, aqui compreendo que comentar é menos, do que formar com o silêncio, compreensões que reverberam, entre ações que por aqui tornam-se conscientes, revoluções interiormente. Meu retorno, é o do silêncio em tornando o que de ser humana apreendo, quando sensibiblidade capta, sem querer saber nem ser vista. Só revisito o que da ponte e do meandro me permite ir buscando alimento, pra alma e pro espirito. Se é pra fazer algo, além disso, então: agradeço, com estas poucas palavras e sigo voltando sempre nesse cadim, com minha vasilha e minha fome de saber aos poucos, o que é esta verdade lançada ao solo e admirar-me de como ela, assim, germina.
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