• Uma entrevista sobre Verdades e Solos
  • Resenha de “Céu Subterrâneo” no Jornal da USP
  • A verdade lançada ao solo, de Paulo Rosenbaum. Rio de Janeiro: Editora Record, 2010. Por Regina Igel / University of Maryland, College Park
  • Resenha de “Céu Subterrâneo” por Reuven Faingold (Estadão)
  • Escritor de deserto – Céu Subterrâneo (Estadão)
  • A inconcebível Jerusalém (Estadão)
  • O midrash brasileiro “Céu subterrâneo”[1], o sefer de “A Verdade ao Solo” e o reino das diáforas de “A Pele que nos Divide”.(Blog Estadão)

Paulo Rosenbaum

~ Escritor e Médico

Paulo Rosenbaum

Arquivos da Tag: Self defense (article in Enclipaedia of International Laws) Max Planck

A paz começa com perguntas ( Blog Estadão)

22 terça-feira jul 2014

Posted by Paulo Rosenbaum in Artigos

≈ Deixe um comentário

Tags

Israel Hamas, Peace start with questions, Self defense (article in Enclipaedia of International Laws) Max Planck

A paz começa com perguntas

Paulo Rosenbaum

terça-feira 22/07/14

É preciso alguma frieza para exercer a autocrítica em meio ao fogo, mas também é preciso saber que nem tudo que sua tribo faz está correto, só porque é sua tribo. Em muitos aspectos o governo de Israel pode estar errando, mas o julgamento não pode se assentar na acusação de fazer a defesa da […]

É preciso alguma frieza para exercer a autocrítica em meio ao fogo, mas também é preciso saber que nem tudo que sua tribo faz está correto, só porque é sua tribo. Em muitos aspectos o governo de Israel pode estar errando, mas o julgamento não pode se assentar na acusação de fazer a defesa da população de ataques violentos. Para quem quer discutir a questão do ponto de vista legal, leia o artigo de Christopher Greenwood, “Self Defense” na Enciclopedia Max Planck de Leis Internacionais. Num País com democracia estável e com muitas vozes, a praxe é falta de consenso. Isso colocado, a demonização a qual Israel — e, por tabela, judeus — estão sendo submetidos só não é sem precedentes, porque o holocausto é, em termos históricos, um evento recente. Não bastasse a desproporcional quantidade de citações desqualificadores de Israel nas redes sociais e na mídia, o abuso de comparações descabidas, o discurso agora está centrado na ideia de que a injustiça está na desproporcionalidade das forças. Só por má consciência, ignorância ou incapacidade intelectual de discernimento um País que tem um milhão e meio de árabes israelenses, a maioria muçulmana, poderia ser acusado de limpeza étnica ou genocídio, sem gerar escândalo. Mas não só ele não aconteceu como a acusação vêm sendo replicada e endossada por intelectuais. A maioria são aqueles de sempre, que tem uma militância (desconfie sempre deste gênero) que parece apagar os traços de treinamento na arte de pensar. Essa situação chega a ser mais grave do que a própria guerra, porque reedita o apoio aos períodos em que os povos eram ritualisticamente demonizados. Para a maioria, a distinção entre antissionismo e antissemitismo tornou-se apenas retórica. Entretanto, quem precisa ser convencido da desproporcionalidade não são as forças de defesa de Israel, mas as lideranças que se ocupam em espalhar o terror. Quem contesta, que então defina melhor: o que significa construir túneis embaixo de hospitais, mesquitas e centros residenciais? O que representa para essas pessoas manter foguetes nos céus dirigidos especificamente contra populações civis? E é precisamente esse o ponto central. Muito provavelmente Israel aceitaria o cessar fogo e a abertura de fronteiras. Desde que se garantisse que o fluxo de armas, mísseis e material bélico fosse substituído por alimentos e infra estrutura para os habitantes de Gaza. E quem pode garantir isso? A ONU? Os EUA? Os países da Península? A Comunidade Europeia? Ontem, um dos líderes do Hamas condicionou a trégua ao direito de resistir. Chegaríamos ao seguinte paradoxo, e preparem-se para o nonsense: reivindicam do algoz a liberdade de obter aparatos e tecnologia bélica para ataca-lo. Curiosamente, Israel vem sendo pressionado neste sentido! Mesmo correndo o risco de ser deslegitimado, a contradição apontada tem a estranha mania de sobreviver às personalizações. É inusitado que os esforços pela legítima defesa dos civis de um País sejam colocados em cheque, só porque no imaginário social os habitantes deste País tenham propensão ao sacrifício diante de quem explicita seu desejo de extermínio.São tempos nos quais já é impossível acreditar que quaisquer esforços racionais sejam suficientes para demover quem já tem todas as respostas. A paz começa com perguntas.

Compartilhe:

  • Imprimir
  • Mais
  • Tweet
  • WhatsApp
  • Telegram
  • Pocket
  • Compartilhar no Tumblr
  • E-mail

Curtir isso:

Curtir Carregando...
Artigos Estadão
Artigos Jornal do Brasil

https://editoraperspectivablog.wordpress.com/2016/04/29/as-respostas-estao-no-subsolo/

Entrevista sobre o Livro

aculturamento Angelina Jolie anomia antiamericanismo antijudaismo antisemitismo artigo aspirações impossíveis assessoria assessoria de imprensa assessoria editorial atriz autocracia autor autores A Verdade Lançada ao Solo açao penal 470 blog conto de noticia Blog Estadão Rosenbaum Censura centralismo partidário centros de pesquisas e pesquisadores independentes ceticismo consensos conto de notícia céu subterrâneo democracia Democracia grega devekut dia do perdão drogas editora editoras Eleições 2012 eleições 2014 Entretexto entrevista escritor felicidade ao alcançe? Folha da Região hegemonia e monopólio do poder holocausto idiossincrasias impunidade Irã Israel judaísmo justiça liberdade liberdade de expressão Literatura livros manipulação Mark Twain masectomia medico mensalão minorias Montaigne Obama obras paulo rosenbaum poesia política prosa poética revisionistas do holocausto significado de justiça Socrates totalitarismo transcendência tribalismo tzadik utopia violencia voto distrital
Follow Paulo Rosenbaum on WordPress.com

loading Cancelar
Post não foi enviado - verifique os seus endereços de e-mail!
Verificação de e-mail falhou, tente novamente
Desculpe, seu blog não pode compartilhar posts por e-mail.
%d blogueiros gostam disto: