Um pouco da história do livro
A “Verdade lançada ao Solo” publicado pela Record é um livro que vêm sendo escrito nos últimos 5 anos. O tempo de elaboração talvez não seja tão importante quanto o número de vezes em que ele foi completamente modificado para alcançar o formato atual. Agora o que realmente importa é a leitura. Nesse sentido, mesmo contando com as tais aproximações sucessivas, obras de arte e peças literárias sofrem da mesma incompletude de seus autores. Incompletude crônica e desejável, porque inevitável.
A missão: digressões e comentários, diariamente, para interessados.
Antes de tudo, a confissão: eu jamais poderia afirmar que sou um dos escritores que não querem ler o que escreveram e dizem que não abrem mais seus livros a não ser com uma distancia de tempo absurdamente ampla. Pode ser precaução ou medo da desilusão. Eu, pelo contrário, desde que recebi o livro há dois dias não paro de lê-lo, folheá-lo, as vezes apenas segurá-lo. A posse é uma virtude táctil.
E qual é o problema?
Sim, o escritor assim como o artista plástico, o dramaturgo ou o compositor quer revisitar o que criou. Ou não? Não estou só tentando buscar erros, enaltecer acertos, mas entender como foi que o fôlego chegou até ali. Como foi que a construção em fogo brando trouxe o produto.
Além disso, nesta edição de número 1, registro a interlocução e a produção editorial de Record: luxo para poucos. Luciana Villas Boas trouxe não só a perspectiva de interlocução editorial, como acompanhou as etapas, e marchou junto na montagem do livro. Magda Tebet, minha interlocutora na produção editorial trouxe a mesma densidade e me fez pensar que isso deveria ser um direito garantido para todos os escritores. E assim tem sido com todos na Record, Simone, Bruno, Tatiana e Gabriela. É o mínimo, manifestar meu agradecimento público a todos eles. Estendo a gratidão minha companheira e esposa Silvia, aos amigos Leo Lama e Tom Camargo com sua equipe (Daniela, “Carois”) e toda equipe, que tem ajudado a difundir o livro.
O fato é que “A verdade lançada ao Solo” , para além do enxuto acabamento gráfico, ficou no formato ideal, com letras agradáveis e contando com uma capa quase increditável. O conteúdo não posso julgar, mas a forma, ela sim, porque o livro vibra esteticamente.
A ver como os queridos leitores vão encarar o pequeno tijolo.
Mais adiante, uma pequena entrevista.