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 A Intermediação II

Paulo Rosenbaum

27 setembro 2014 | 20:12

Já havíamos publicado que o assessor especial para assuntos internacionais, se dispôs a intermediar os conflitos e embarcaria para a região com uma comitiva especial do Partido escolhida a dedo. Se sobrasse tempo, outras áreas seriam incluídas no roteiro. Na pauta: respeito às escolhas de orientação sexual, situação das feministas, proteção às minorias, liberdade de culto, segurança pública e como implementar a democracia plena durante a recessão econômica. Integrantes do Isis aguardavam ansiosos a presença do enviado e teriam declarado “não ver a hora da oportunidade”.

Devido ao fracasso do plano original, e, logo depois do inesquecível discurso na ONU, a presidente, consultando as bases e o assessor especial, resolveu elaborar um plano de emergência. A nota divulgada para a imprensa dizia  “assim como resolvemos a crise econômica e fiscal do Brasil, estamos levando a mesmíssima carta de intenções ao EI, esperando que compreendam que só a transparência, lisura e verdade unem nações.” Ainda não está confirmado, mas a governante passou as últimas horas tentando agendar encontro pessoal com a cúpula, “queremos falar com quem manda”. Foi encaminhada à facção dominante “AF, Adagas Afiadas” Já no aeroporto, antes do embarque, falou aos jornalistas: “Tá lá provadinho: olhando olho no olho deste pessoal, é claro que falo dos carrascos, eles não terão escolha, cederão ao nosso conhecido bom senso e clareza de raciocínio. Aposto meu pescoço como vai dar certo.” A caminho do embarque, a comitiva foi surpreendida com inesperado apoio multipartidário, com carreatas, bandeiras e fanfarras enaltecendo a iniciativa.

Nos cartazes: “Vai firme, presidente”.

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